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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Adam Smith – A divisão do trabalho e a Teoria do Valor

Bom, esse texto só da uma idéia de como Adam Smith avalia a divisão do trabalho. Um resumo, bem resumido, de algumas de suas grandes idéias. Faz parte do trabalho de HPE passado pela Prof. Arilda, que consistia em uma apresentação oral mais detalhada e um texto de base. Gostaria de convidar os outros alunos dessa matéria a postar os textos que fizeram sobre seus economistas! Quanto mais informação melhor. Esse é o texto de base.

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Ao observar que a maior contribuição para a Riqueza das Nações encontrava-se, não nas terras e na quantidade de metais preciosos acumulados, Adam Smith deu o primeiro passo em direção a formulação dos estudos da teoria econômica, porém existiam também os fisiocratas, liberal clássica. Por viver num período em que a efervescência cultural era enorme, e os dogmas e costumes, tanto culturais quanto econômicos eram questionados, o professor da universidade de Glascow obteve a conjectura ideal para difundir suas ideias e pensamentos.
A divisão do trabalho foi, então, a chave para se entender que a produtividade gerada de tal medida, ocorria, por que uma nação que obtivesse maior divisão no processo produtivo de suas manufaturas geraria maiores riquezas e, consequentemente, maior bem-estar para todos. Nota-se que sua teoria dos sentimentos morais, em que observa que os seres humanos obtém empatia com os outros, por isso ser interessante a si mesmo, fundamenta a razão a qual se torna vantajoso o indivíduo se especializar em uma área da produção. Como citado em Riqueza das Nações; "Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro que esperamos o nosso jantar, mas da consideração que ele têm pelos próprios interesses. Apelamos não à humanidade, mas ao amor-próprio, e nunca falamos de nossas necessidades, mas das vantagens que eles podem obter."
O resultado dessa divisão de tarefas são a maior quantidade produzida, a preços menores, sem que se diminuam os ganhos dos donos dos meios de produção e dos assalariados. Daí o aumento da produtividade estar positivamente relacionado a Riqueza das Nações. Ele compara a França e a Inglaterra como exemplo. Aquela apesar de obter maior número de terras, não provêm de melhor qualidade de vida, esta a despeito de suas limitações territoriais encontra um padrão de vida elevado para época.
Alguns trechos do livro Riqueza das Nações demonstram essa ideia; " O maior acréscimo dos poderes produtivos do trabalho e grande parte da perícia, destreza e bom senso da sua execução parece provir da divisão do trabalho.Tomemos como exemplo o fabrico de alfinetes. Um operário não treinado nesta actividade, e que não soubesse utilizar as máquinas utilizadas, mal
poderia produzir um alfinete num dia. Mas esta atividade é levada a cabo
em fases que constituem ofícios especializados. Um homem puxa o arame,
outro endireita-o, um terceiro corta-o, um quarto aguça-o, um quinto afia-lhe o
topo para receber a cabeça, etc. A produção é dividida em dezoito operações
diferentes, executadas por operários diferentes. Cada operário produz, assim,
milhares de alfinetes num dia.
Os efeitos da divisão do trabalho são semelhantes noutras artes e indústrias,
embora em muitas delas as tarefas não possam ser subdivididas nem
reduzidas a tão grande simplicidade. A agricultura não admite tantas
subdivisões do trabalho como a indústria por duas razões: primeiro, as
tarefas são realizadas em diferentes alturas do ano; segundo, a divisão entre
as tarefas é imperfeita. O aumento da capacidade produtiva do trabalho nesta
actividade não acompanha, por isso, os acréscimos verificados noutras
indústrias. As nações mais opulentas superam os seus vizinhos na
agricultura, mas não tanto como na indústria. A superioridade na agricultura
deve-se à maior dedicação de trabalho e dinheiro, sendo raramente muito
mais do que proporcional ao excedente de dinheiro e trabalho despendido.
Os países pobres podem, assim, rivalizar com os ricos em preço e qualidade
dos cereais, mas não nas indústrias.
A divisão do trabalho aumenta a produção por meio de três efeitos:
- o aumento de destreza dos trabalhadores pelo treino e especialização;
- poupança de tempo, correspondente à passagem de uma tarefa a
outra e ao período de descanso normalmente associado;
- invenção e utilização de máquinas que facilitam e reduzem o trabalho
– a concentração num objectivo muito simples estimula a invenção de
máquinas que substituam ou apoiem o operário na realização de
determinada tarefa"
Determina-se com essas premissas a existência da vantagem absoluta, se for vantajoso para essa nação, produzir em termos abolutos os bens os quais tem capacidade, produza. Sabemos hoje, que a melhor maneira de otimizar a produção é equipara-la as vantagens comparativas no momento decisório.
Chega-se então, a Teoria do Valor, a qual estabelece que o valor atribuído aos bens produzidos equivale a quantidade de trabalho que foi inserida para a produção. Portanto, ao ocorrer a divisão do trabalho, reduz-se o custo, o tempo e o próprio labório de cada indivíduo no processo produtivo, caem os preços.
Tal raciocínio permite ao autor afirmar que com o advento da divisão do trabalho, surgem as diferenciações que desencadeiam no aumento da produtividade e, por conseguinte, por suas fundamentações as Riquezas das Nações e o bem-estar de toda a população.

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