Blog dos alunos destinado ao livre debate de idéias e temas diversos entre os alunos, ex-alunos, funcionários, professores e colaboradores da FUCAPE Business School.











segunda-feira, 31 de maio de 2010

Processo Seletivo Fucape Jr.



A Fucape Junior está à procura de novos talentos.

Nosso processo de recrutamento e seleção conta com ajuda de um profissional de Recursos Humanos, que ajuda na estruturação das dinâmicas, provas e entrevistas.

Dessa forma garantimos que a seleção seja adequada à realidade da Fucape Júnior, sem perder a aproximação do modelo utilizado por grandes empresas do mercado.

O Processo Seletivo é dividido em três etapas:
1. Prova (Raciocínio Lógico, Redação e Atualidades);
2. Dinâmica de grupo;
3. Entrevista;

As fichas serão disponibilizadas dia 26 ao dia 29 de Julho, na sede da Fucape Jr., no Atendimento da Fucape e na Biblioteca.
Não deixe de se inscrever!

Qualquer dúvida passe pela Fucape Júnior, procure nossos membros ou entre em contato por: fucapejr@fucape.br

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O ponto extra e a crise fiscal.


Obviamente você deve estar se perguntando; mas que diabos os pontos extras cedidos pelos professores em sala de aula podem estar correlacionados com as crises fiscais por que passam os países europeus? Bom, a reposta não é simples, mas com boa vontade espero que vocês compreendam a lógica por trás dessa afirmação.

Por partes, vamos começar, primeiramente, com o objetivo dos pontos, isso, a famosa “nota”, que são distribuídos ao decorrer do curso. A base filosófica encontra-se na necessidade de avaliação do desempenho dos alunos. Isto é, uma forma de medida de desempenho que caracteriza se, teoricamente, o estudante aprendeu o que foi ensinado ou não. Teoricamente, sim, porque em muitos casos essa medida de análise é utilizada de modo incoerente, principalmente no ensino médio. Em suma, é uma forma de obter dados suficientes para saber se o aluno esta capacitado para o passo seguinte, pegar a próxima matéria, se formar, etc.

Mas, e ai? O que isso tem haver com a crise fiscal européia? A resposta esta em negrito. Os países europeus, em especial a Grécia, utilizaram-se de todos os artífices em alcance para contornar os repetidos déficits orçamentários de seus governos com intuito de garantir a solvência necessária para continuar se endividando e assegurar a mamata nas tetas estatais para os “muitos” contribuintes do wellfare state. Ou seja, a falta de critérios para avaliação dos balanços governamentais e, por conseguinte, ausência de fiscalização efetiva dos órgãos reguladores permitiram que a farra de alguns países continuassem por um tempo, uma grande distorção nos mercados. Tã tã tã tã. Mas não para sempre. Depois de um tempo, os investidores, sempre os salvadores e os vilões, perceberam o beco sem saída que a situação se encontrava. E a conta foi cobrada. Quem pagou? O bloco do euro, liderado pelos alemães, na grande cagada que foi o modo de concepção dessa moeda comum, amedrontados pelo futuro incerto, bancaram a conta. Mas o desempenho dos países endividados continua o mesmo.

Aonde eu quis chegar com isso? Simples. Um professor ao desconsiderar os critérios racionais no momento de mensurar pontos para os alunos e, no caso específico dos pontos extras, gera uma distorção no mercado(aqui as salas de aula), funciona como um Estado que não permite que os agentes econômicos aloquem os recursos de maneira eficiente. Os que são recompensados de forma errônea podem se garantir agora no presente, passam de matéria e obtêm boa notas. Mas, o resultado, para muitos, esta maquiado, não representa a real situação de conhecimento do estudante, e um dia a conta tem que ser paga. Por quem? Por todos os outros alunos, aqueles que se dedicaram e estudaram, que procuraram tirar dúvidas e aprender verdadeiramente o que foi estudado. Como? Pode ser no resultado da faculdade em uma prova da ANPEC, ou pode ser com o advento de uma turma mais fraca no próximo período, que por falta de nivelamento, não renderá tanto e não fornecerá bons frutos para os que se esforçaram. Bom, podem ocorrer "n" consequências em razão de um erro na medida de desempenho. Assim como aconteceu com a crise financeira e agora acontece com a crise fiscal.

Enfim, esse texto só reflete um raciocínio lógico a cerca de situações que ocorrem nas salas de aula, sem caracterizar qualquer evento específico. Serve, somente, para refletirmos, sobre o quão importante é garantir, sempre, que as leis de mercado funcionem. Quando a mão invisível aparece, como sabemos, é problema na certa.

terça-feira, 25 de maio de 2010

A crise do euro

A Crise do Euro (Cristiano M. Costa)

Bye bye, crise financeira! Hello, crise fiscal!

A crise na Europa tem natureza diferente da crise americana. Basicamente, alguns países europeus estão em péssimas situações fiscais (altas dívidas, baixo potencial de arrecadação, alto gasto público, etc.). Além disto a queda do PIB fez a relação dívida/PIB (indicador de solvência) destes países crescer.

O grande drama da zona do Euro é que a região é composta por países com culturas diferentes, com governos diferentes, com economias diferentes, mas com uma mesma moeda. A idéia inicial é que uma mesmo moeda aumentaria as transações internas.

Mas para manter uma estabilidade monetária (baixa inflação) é necessária coordenação na área fiscal. Não adianta o governo alemão ser austero enquanto o governo grego se endivida loucamente (...)


Material retirado do Blog do Cristiano M. Costa, para continuar lendo, clique aqui.

 

domingo, 23 de maio de 2010

Jogos do Brasil no Bar Atol - Torcida Fucape

Retirado do site da faculdade. http://fucape.br.

Confirmado. Vai ser maneiro se as pessoas que fazem FUCAPE aparecerem. Um bom momento pro lazer.
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A Fucape acaba de fechar uma parceria com o Atol para que nossos alunos, funcionários e professores possam assistir aos jogos do Brasil da Copa do Mundo em pleno Triângulo, com muita segurança e conforto.

O local contará com um telão e duas televisões para que todos possam ver os inúmeros gols que nossa seleção canarinho irá fazer! Por falar em canarinho, amarela será a cor da blusa da "Torcida Fucape", item imprescindível para entrada no bar!


Os ingressos para o 1º jogo serão vendidos a R$ 20,00 (R$ 15,00 da blusa + R$ 5,00 couvert). Para quem for participar também do 2º e 3º jogos será cobrado apenas o couvert de R$ 5,00, ou seja, uma blusa serve para todos os três jogos da 1ª etapa.

Os ingressos serão vendidos a partir do dia 28 de maio, apenas pelos promotores. Em breve divulgaremos os nomes e contatos deles!

A ideia da Fucape é simplesmente fazer desse momento de união de brasileiros em prol do único objetivo "ganhar a copa" ser um momento de integração e alegria para todos aqueles que fazem parte da nossa história. História aliás é o que temos para contar nesses dez anos de Fucape... o número da camisa da Torcida Fucape? 10, claro! 10 de 10 anos!

Participem conosco desses eventos que com certeza serão comemorações para o caminho para a segunda fase da Copa do Mundo.


Uma observação importante: quem for no 1º jogo terá preferência de compra no 2º e quem for no 2º terá prioridade de compra no 3º!!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Adam Smith – A divisão do trabalho e a Teoria do Valor

Bom, esse texto só da uma idéia de como Adam Smith avalia a divisão do trabalho. Um resumo, bem resumido, de algumas de suas grandes idéias. Faz parte do trabalho de HPE passado pela Prof. Arilda, que consistia em uma apresentação oral mais detalhada e um texto de base. Gostaria de convidar os outros alunos dessa matéria a postar os textos que fizeram sobre seus economistas! Quanto mais informação melhor. Esse é o texto de base.

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Ao observar que a maior contribuição para a Riqueza das Nações encontrava-se, não nas terras e na quantidade de metais preciosos acumulados, Adam Smith deu o primeiro passo em direção a formulação dos estudos da teoria econômica, porém existiam também os fisiocratas, liberal clássica. Por viver num período em que a efervescência cultural era enorme, e os dogmas e costumes, tanto culturais quanto econômicos eram questionados, o professor da universidade de Glascow obteve a conjectura ideal para difundir suas ideias e pensamentos.
A divisão do trabalho foi, então, a chave para se entender que a produtividade gerada de tal medida, ocorria, por que uma nação que obtivesse maior divisão no processo produtivo de suas manufaturas geraria maiores riquezas e, consequentemente, maior bem-estar para todos. Nota-se que sua teoria dos sentimentos morais, em que observa que os seres humanos obtém empatia com os outros, por isso ser interessante a si mesmo, fundamenta a razão a qual se torna vantajoso o indivíduo se especializar em uma área da produção. Como citado em Riqueza das Nações; "Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro que esperamos o nosso jantar, mas da consideração que ele têm pelos próprios interesses. Apelamos não à humanidade, mas ao amor-próprio, e nunca falamos de nossas necessidades, mas das vantagens que eles podem obter."
O resultado dessa divisão de tarefas são a maior quantidade produzida, a preços menores, sem que se diminuam os ganhos dos donos dos meios de produção e dos assalariados. Daí o aumento da produtividade estar positivamente relacionado a Riqueza das Nações. Ele compara a França e a Inglaterra como exemplo. Aquela apesar de obter maior número de terras, não provêm de melhor qualidade de vida, esta a despeito de suas limitações territoriais encontra um padrão de vida elevado para época.
Alguns trechos do livro Riqueza das Nações demonstram essa ideia; " O maior acréscimo dos poderes produtivos do trabalho e grande parte da perícia, destreza e bom senso da sua execução parece provir da divisão do trabalho.Tomemos como exemplo o fabrico de alfinetes. Um operário não treinado nesta actividade, e que não soubesse utilizar as máquinas utilizadas, mal
poderia produzir um alfinete num dia. Mas esta atividade é levada a cabo
em fases que constituem ofícios especializados. Um homem puxa o arame,
outro endireita-o, um terceiro corta-o, um quarto aguça-o, um quinto afia-lhe o
topo para receber a cabeça, etc. A produção é dividida em dezoito operações
diferentes, executadas por operários diferentes. Cada operário produz, assim,
milhares de alfinetes num dia.
Os efeitos da divisão do trabalho são semelhantes noutras artes e indústrias,
embora em muitas delas as tarefas não possam ser subdivididas nem
reduzidas a tão grande simplicidade. A agricultura não admite tantas
subdivisões do trabalho como a indústria por duas razões: primeiro, as
tarefas são realizadas em diferentes alturas do ano; segundo, a divisão entre
as tarefas é imperfeita. O aumento da capacidade produtiva do trabalho nesta
actividade não acompanha, por isso, os acréscimos verificados noutras
indústrias. As nações mais opulentas superam os seus vizinhos na
agricultura, mas não tanto como na indústria. A superioridade na agricultura
deve-se à maior dedicação de trabalho e dinheiro, sendo raramente muito
mais do que proporcional ao excedente de dinheiro e trabalho despendido.
Os países pobres podem, assim, rivalizar com os ricos em preço e qualidade
dos cereais, mas não nas indústrias.
A divisão do trabalho aumenta a produção por meio de três efeitos:
- o aumento de destreza dos trabalhadores pelo treino e especialização;
- poupança de tempo, correspondente à passagem de uma tarefa a
outra e ao período de descanso normalmente associado;
- invenção e utilização de máquinas que facilitam e reduzem o trabalho
– a concentração num objectivo muito simples estimula a invenção de
máquinas que substituam ou apoiem o operário na realização de
determinada tarefa"
Determina-se com essas premissas a existência da vantagem absoluta, se for vantajoso para essa nação, produzir em termos abolutos os bens os quais tem capacidade, produza. Sabemos hoje, que a melhor maneira de otimizar a produção é equipara-la as vantagens comparativas no momento decisório.
Chega-se então, a Teoria do Valor, a qual estabelece que o valor atribuído aos bens produzidos equivale a quantidade de trabalho que foi inserida para a produção. Portanto, ao ocorrer a divisão do trabalho, reduz-se o custo, o tempo e o próprio labório de cada indivíduo no processo produtivo, caem os preços.
Tal raciocínio permite ao autor afirmar que com o advento da divisão do trabalho, surgem as diferenciações que desencadeiam no aumento da produtividade e, por conseguinte, por suas fundamentações as Riquezas das Nações e o bem-estar de toda a população.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Mascote da FUCAPE.

Em parceria com a área de marketing, parte da faculdade a iniciativa de se criar um mascote para instituição. Fortalecer uma cultura e uma imagem entre os alunos, professores, funcionários... Vamos opinar.

Segue o link com os, possíveis, mascotes e com o texto da faculdade. Mascotes.

A Fucape está querendo desenvolver um escudo para a instituição. E aí nossos professores tiveram a ideia de utilizar o calango, animal conhecido por todos que andam pelo espaço verde da instituição, ou a caminho do prédio dos professores ou apenas relaxando no jardim. E não é que o calango tem várias características que têm muito a ver com um profissional da área de negócios?? Vejam abaixo:

- agilidade
- sangue frio para enfrentar as mais diversas situações
- resistência
- pele formada por duras escamas – nada abala
- facilidade de adaptação


VOTEM NA OPÇÃO DE CALANGO MAIS INTERESSANTE!

domingo, 16 de maio de 2010

Voltando aos assuntos econômicos...

Sempre escuto duas teses que alguns acreditam serem verdadeiras:

1- A elevação dos juros serve apenas para atender aos interesses dos grandes bancos, que lucram com os juros altos.

2- O câmbio valorizado prejudica as nossas exportações, principalmente de manufaturados.

Será que os dados confirmam estas teses?

Abaixo estão os gráficos do câmbio e das exportações de manufaturados, desde 2003. Curioso, é que mesmo com a valorização do real, as exportações de manufaturados não diminuíram (exceto durante a crise, mas já foram retomadas).




E aqui estão os gráficos do lucro do Bradesco e do Banco do Brasil contrastado com a Selic. Podemos observar a queda da Selic desde 2003 e, curiosamente, mesmo com a queda dos juros, o lucro dos bancos só cresceram (o gráfico dos outros bancos também mostram a mesma tendência) .

Ou seja, criticar o regime de metas de inflação com base neste argumento não é muito consistente.








Saindo um pouco dos assuntos politicos e econômicos.

Alguns eventos interessantes irão ocorrer no próximo mês. Seria legal se todos membros da FUCAPE fossem.

Retirado do site da faculdade. http://fucape.br/.


Jogos do Brasil - Fucape fecha parceria com o Bar Atol

A Fucape acaba de fechar uma parceria com o Atol para que nossos alunos, funcionários e professores possam assistir aos jogos do Brasil da Copa do Mundo em pleno Triângulo, com muita segurança e conforto.

O local contará com um telão e duas televisões para que todos possam ver os inúmeros gols que nossa seleção canarinho irá fazer! Por falar em canarinho, amarela será a cor da blusa da "Torcida Fucape", item imprenscindível para entrada no bar!

A ideia da Fucape é simplesmente fazer desse momento de união de brasileiros em prol do único objetivo "ganhar a copa" ser um momento de integração e alegria para todos aqueles que fazem parte da nossa história. História aliás é o que temos para contar nesses dez anos de Fucape... o número da camisa da Torcida Fucape? 10, claro! 10 de 10 anos!

Participem conosco desses eventos que com certeza serão comemorações para o caminho para a segunda fase da Copa do Mundo.
   
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 Festa Junina Fucape - dia 19 de junho

Negócio bão é o Arraiá da Fucape!

Os alunos da Fucape estão organizando a primeira Festa Junina da Graduação da Fucape. Será no dia 19 de junho na sede da Fucape e terá muita coisa boa para quem participar!

Serão duas bandas, bebidas a preços ótimos e muitas comidas típicas. A quadrilha já está sendo organizada e uma noiva será pouco para essa turma animada... teremos a Profa. Arilda como uma delas e ela já está se preparando!

Os ingressos já estão sendo vendidos pelos alunos a R$ 15,00.

Thales Apolinário Comério, Marcelo Gomes de Oliveira e Hélio William Filho - do 7º período
Karen Xavier - 1º período matutino
Erik Folli - 1º período matutino
Juliana Nippes - 1º período matutino
Grêcco Roberts - 1º período matutino
Ana Rosa Boueri - 1º período noturno

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A Tragédia dos Comuns

Sempre que vejo alguém jogando lixo pela janela do carro, ou conversando em voz alta no cinema, me lembro do artigo “A Tragédia dos Comuns”, escrito pelo biólogo americano Garrett Hardin e publicado em 1968 na revista Science. O artigo descreve o dilema que os seres humanos enfrentam sempre que têm que decidir entre o benefício individual e o prejuízo coletivo.

Vou apresentar o exemplo usado por Hardin em seu artigo original. Imagine um pasto (ele era biólogo) de uso comum (daí o título), onde vários fazendeiros possam deixar suas vacas pastando. Qual o dilema de cada fazendeiro? Quanto mais vacas colocar no pasto, maior seu benefício individual, porém maior o prejuízo coletivo, afinal, o pasto é um recurso esgotável. Do ponto de vista individual, e de curto prazo, a ação pode ser vantajosa. Porém, se todos agirem assim, egoisticamente, o pasto ficará superlotado e se esgotará rapidamente. Eis a Tragédia dos Comuns!

Hardin concluiu que este problema “não tem solução técnica, pois requer uma extensão fundamental na moralidade”. Em palavras modernas Hardin clamou por consciência coletiva. O que em economia chamamos de altruísmo. O ser humano incorporando o próximo em suas preferências individuais. Talvez um dia chegaremos lá.

Enquanto não chegarmos, podemos contar com a teoria econômica. No exemplo acima, um modo de impedir o uso devastador do pasto seria dividi-lo entre os fazendeiros e garantir o direito de propriedade privada. Deste modo, o fazendeiro pensaria duas vezes antes de colocar uma vaca adicional em seu pasto, pois não só o benefício como também o prejuízo seriam exclusivamente seus. Com essa medida conseguiríamos atingir o objetivo principal que é evitar o esgotamento do recurso natural.

Outro modo de evitar o esgotamento do recurso natural seria emitindo “créditos de pasto”. Como assim? O possuidor desse crédito teria o direito de colocar uma vaca para pastar e consumir parte do recurso natural. Aqueles que possuíssem mais créditos do que vacas poderiam vendê-los para quem estivesse em situação contrária. Teríamos, então, um mercado secundário – com o preço ajustando oferta e demanda. Caberia ao emissor dos créditos (um governo, por exemplo) regular este novo mercado. Como? Emitindo uma quantidade sustentável de créditos, ou seja, que não destruísse o recurso natural. Qualquer semelhança com os atuais créditos de carbono não é mera coincidência. É fruto da teoria da regulação econômica.

Mas o que tudo isso tem a ver com jogar lixo na rua, ou conversar em voz alta no cinema? Tudo! Nestes dois casos há indivíduos tomando decisões egoístas em detrimento do coletivo. No cinema, por exemplo, a pessoa que conversa em voz alta está consumindo o silêncio, um recurso obviamente esgotável (assim como nossa paciência). E se todos decidirem conversar ao mesmo tempo, ignorando o prejuízo social, todos ficarão piores. Todos serão personagens de uma tragédia. A Tragédia dos Comuns.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Sinal confirmado.

 A despeito da relevância do ato, pelo blogueiro Rodrigo constantino - Governo Lula na onda de corte de gastos -, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, irá realizar cortes nos gastos públicos para conter o crescimento e, consequemente, a pressão inflacionária, devido a incapacidade produtiva de acompanhar a demanda.

Logo, vale ressaltar, que essa postura revela uma mudança no comportamento do Governo, no sentido de frisar a estabilidade econômica. Sendo assim, avalio a medida como positiva, parece que estamos próximos de entrar de vez no caminho correto.

Concordam?



 Segue um link com o anuncio, Governo vai cortar gastos em 10 bi para conter inflação, diz Mantega.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Um sinal de sensatez?

Parece que o nosso ilustre Ministro da Fazenda, com os bons ares de uma economia estável, esta um pouco mais sensato.

" Nós estamos estudando a possibilidade de reduzir o consumo do governo. Se o consumo está aquecido, temos que olhar com cautela, porque não podemos desestimular antes que você tenha a comprovação de que há um crescimento forte ". Guido Mantega, ministro da Fazenda

Segue o link da reportagem inteira Governo pode reduzir despesas e estímulos se PIB acelerar, Diz Mantega.

sábado, 8 de maio de 2010

Voto Nulo e Voto em Branco, você sabe o signifcado?


"Se você, assim como eu, achava que sabia (ou ao menos suspeitava) qual é a diferença entre os votos nulos e os votos em branco, já começamos mal: não há nenhuma diferença prática entre eles.
Isso pouco é esclarecido pela mídia ou pelos políticos, talvez por não interessar a eles. Pesquisei na internet e, ainda que haja divergências quanto ao assunto, não é tão difícil esclarecê-lo.Vamos voltar ao passado, quando as eleições ainda se davam por meio de cédulas de papel: naquele tempo havia a possibilidade de escolher seu candidato preferido (assinalando-o com um “X”), de votar em branco (não assinalando nenhum candidato), ou ainda de anular seu voto (rasurando a cédula, votando em todos os candidatos, escrevendo palavras de ordem, xingamentos, etc.). Esta forma de voto nulo era, de fato, uma forma de protesto contra os candidatos concorrentes.

Essa herança cultural do voto nulo como um voto de protesto se transferiu também para as eleições “modernas”, com as urnas eletrônicas, que foram implantadas em 1996.Para votar nulo, basta digitar um número de partido ou candidato que não existe, e confirmar seu voto.As urnas eletrônicas também contam com o botão “Branco”, para que o eleitor vote em branco, assim abrindo mão de escolher um candidato, se julgar que nenhum deles o agrada.

Pois então, qual a diferença entre o voto nulo e o voto em branco? É exatamente o que parece: nenhuma. Ambos são computados para fins estatísticos, mas ambos são também desprezados na apuração dos pleitos, não sendo considerados votos válidos, como podemos ver no Artigo 77 da nossa Constituição:

“§ 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.”

Sem distinção prática entre brancos e nulos, eu arriscaria dizer que hoje os votos nulos só existem realmente para absorver os erros de votação, porque, mesmo que a urna eletrônica te avise que o numero digitado não corresponde a nenhum candidato, com certeza algumas pessoas ainda votam errado sem querer.

E a história de que o voto em branco é contado para o candidato que está ganhando?

Uma lei de 1997 determinou que os votos em branco não seriam mais contabilizados como votos válidos. Isso é o fato concreto de hoje. Antes de 1997 os votos em branco eram computados como válidos, e ficavam como sendo uma espécie de “candidato paralelo”.A não validação dos votos brancos e nulos pode, de alguma forma, “favorecer” os candidatos que estiverem à frente.Vamos supor que os votos brancos e nulos fossem votos válidos, e tivéssemos o seguinte resultado para a eleição de um prefeito de uma cidade de 100 eleitores:

- Candidato A – 60 votos – 60% dos votos válidos
- Candidato B – 20 votos – 20% dos votos válidos
- Candidato C – 10 votos – 10% dos votos válidos
- Brancos e Nulos – 10 votos – 10% dos votos válidos.

Agora vamos considerar a coisa como é hoje: votos nulos e brancos não são considerados votos válidos. A base de cálculo mudaria, em vez de 100 votos, o município só teria oficialmente 90 votos, excluindo-se os 10 brancos/nulos:

- Candidato A – 60 votos – 66,66% dos votos válidos
- Candidato B – 20 votos – 22,22% dos votos válidos
- Candidato C – 10 votos – 11,11% dos votos válidos

Podemos ver que o aumento na porcentagem dos votos válidos foi proporcional ao numero de votos que cada candidato já tinha. Por isso, o candidato A abriu mais vantagem sobre o candidato B e C, ao se desconsiderar os votos brancos e nulos na contagem de votos válidos.Mas, aquela hipótese inicial de que os votos em branco são computados diretamente para o candidato que está na frente, não é verdadeira. Passa apenas por alguma tentativa de confundir eleitores.

Se houver mais da metade de votos nulos, a eleição tem de ser refeita?

Essa hipótese circulou pela internet nas ultimas eleições, e provavelmente acontecerá também nessa. Mas não se deixe enganar, essa possibilidade não existe.Ela só é levantada por causa de uma interpretação equivocada do artigo 224 do nosso Código Eleitoral, que diz que:

“Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do País nas eleições presidenciais , do Estado nas eleições federais e estaduais ou do Município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.”

No entanto, há uma grande confusão entre nulidade da votação e voto nulo.Os casos de nulidade de votação são definidos nos Artigos anteriores, do 220 ao 222 e englobam casos de irregularidades na votação (como seção eleitoral inválida, perda do sigilo dos votos, uso de cédulas falsas, etc). Aí sim, se no caso essas nulidades atingirem e prejudicarem mais da metade dos votos totais, a eleição deverá ser refeita."


Blog de Rodrigo Taveira, aluno de Economia da UFES.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Estado mínimo e o patrimonialismo

Olá.

Segue um texto recomendado pelo professor Bruno Aurichio aos alunos de macroeconomia e para o blog. É interessante mostrar que o autor foi professor do Bruno. Excelente texto.

Estado mínimo e o patrimonialismo


03 de maio de 2010

Pedro Cavalcanti Ferreira - O Estado de S.Paulo



Amplos setores da sociedade brasileira, como a esquerda e parte da burocracia governamental, rejeitam a ideia do Estado mínimo, que seria ideologia advogada, entre outros, por economistas de formação mais tradicional, como eu. Para nós desse grupo, porém, ela não é nem considerada, entre outras razões, pelo simples fato de o Estado mínimo não existir. Sua defesa não faz sentido dentro da moderna teoria econômica. É um mito. Então por que utilizá-la como argumento? Por manipulação ideológica e recurso de retórica. O ataque àqueles que supostamente o defendem serve, em essência, para dissimular interesses equivocados, quando não escusos. Os que defendem o capitalismo de Estado inventaram esse fictício inimigo, socialmente insensível e politicamente fraco, para evitar defender seus reais motivos.



O contrário do Estado mínimo, por tal retórica, seria a presença estatal nos "setores-chave" ou "estratégicos" da sociedade, grande o suficiente para defender interesses nacionais, gerar desenvolvimento, combater males sociais e resolver os problemas do povo tão sofrido. Aqueles que atacam o fantasma do Estado mínimo e defendem o Estado máximo ignoram ou fingem ignorar que a tradição do Estado no Brasil, desde a Colônia, é de transferência de renda para grupos de interesses, associados, parentes e os próximos do poder. São capitanias, sesmarias e cartórios, concessões, rádios para os amigos, grandes (e pequenas) colocações ou rendas vitalícias, fortunas com fornecimentos ou monopólios, extração de renda por licitações, vantagens e outros recursos. É também certa burocracia coroada que considera seu direito arrumar empregos para parentes e amigos, que veem o governo como oportunidade natural e lícita de aumento patrimonial. Estado grande significa grandes oportunidades.

Qualquer curso decente de Economia ensina que economias de mercado funcionam imperfeitamente. Ideias como a mão invisível de Adam Smith são perfeitas no papel - espetaculares construções teóricas sujeitas a hipóteses drásticas, como inexistência de oligopólios e informação perfeita para os agentes. Para reproduzir melhor o funcionamento real observado dos mercados, é preciso relaxar hipóteses, resultando em alocações diferentes das ótimas. Nos últimos 30 anos, as áreas de estudo que mais se desenvolveram dentro da moderna teoria econômica foram as que tentam explicar o porquê das imperfeições e as soluções diante delas.

Um bom exemplo é a teoria da regulação. Se, em certas transações econômicas, indivíduos têm informações que outros não têm, agências reguladoras podem e devem impor contratos que ou limitem comportamentos que beneficiam poucos ou disseminem informações. No caso, por exemplo, do banco Lehman Brothers, cuja falência esteve no centro da crise financeira de 2008, os diretores tinham informações que os clientes e acionistas não tinham - a excessiva exposição a ativos arriscados. Uma regulação de livro texto teria evitado ou diminuído os problemas causadores de sua quebra. Excesso de poder de mercado na mão de poucas empresas de um determinado setor pode implicar acordos de preço, prejudicando todos os seus consumidores. Por isso, agências regulatórias devem combater a cartelização e impedir fusões e "consolidações" setoriais que gerem excesso de concentração, como a fusão da Oi com a Brasil Telecom.

Algumas decisões devem ser mediadas ou impostas pelo Estado. É o caso da educação pública. Ricos e pobres devem ter as mesmas chances, e a irresponsabilidade de pais não deve comprometer todo o futuro de uma criança. Assim, o Estado deve intervir oferecendo recursos, "nivelando o campo", igualando oportunidades ou obrigando as crianças a permanecerem na escola.

Há muitos outros exemplos bem estabelecidos. Atividades de benefício coletivo e difícil financiamento privado, como segurança, justiça, defesa, infraestrutura (em certos casos), devem ser ofertadas pelo Estado e financiadas por impostos. Outras causam perdas coletivas e benefícios privados - poluição, por exemplo - e devem ser reguladas. Há questões sociais, como aposentadoria e renda mínima, que exigem alguma presença dos governos. São inúmeros exemplos, mas o ponto é que existe grande gama de atividades em que a atuação do Estado é essencial ou desejável. Disso resultará não o Estado mínimo, mas um tamanho ótimo do Estado.

Há uma tradição do pensamento econômico, que se inicia no século 19 e passa pela escola estruturalista e pela Cepal, que defende intervenção pública na esfera produtiva com argumentos e lógica interna mais sólidos. Por vezes, o debate foi dominado por essas correntes e políticas do passado - como com JK e o governo militar - foram inspiradas em suas ideias. A discordância, nesses casos, é comum em debates científicos e políticos e faz parte do processo de evolução e embate de ideias. Está a quilômetros de distância da manipulação ideológica que observamos hoje.

Por que mudar a regulação do petróleo que tem funcionado bem? Por que transferir R$ 200 bilhões para o BNDES subsidiar o setor privado? Por que não privatizar atividades que o setor privado opera melhor e a menor custo que estatais? Por que financiar educação superior de ricos? São questionamentos sobre a atividade governamental, atacados como impatrióticos ou antissociais por setores da esquerda que se vestem de defensores do interesse nacional, mas na verdade servem a interesses particulares. São instrumentos para a manutenção de um estado de coisas em que os perdedores não são os supostos defensores do Estado mínimo, mas a população, que assiste, recebendo migalhas, à grande festa patrimonialista brasileira que se perpetua há 500 anos.



É PROFESSOR DA ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA DA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Por que o banco central é uma enorme máquina de falsificação.

Esse artigo explana uma das razões que esta por trás do novo aumento na taxa de juros. Segue o link do texto Por que o banco central é uma enorme máquina de falsificação.