Blog dos alunos destinado ao livre debate de idéias e temas diversos entre os alunos, ex-alunos, funcionários, professores e colaboradores da FUCAPE Business School.











quinta-feira, 17 de junho de 2010

Excelente texto, para quem, como eu, sente o mesmo.

Órfãos Políticos

Rodrigo Constantino, O GLOBO

“Os esquerdistas, contumazes idólatras do fracasso, recusam-se a admitir que as riquezas são criadas pela diligência dos indivíduos e não pela clarividência do Estado.” (Roberto Campos)

A política nacional vem sendo dominada por agendas que delegam ao governo um escopo cada vez maior. O governo é visto como a locomotiva do crescimento e agente da “justiça social”. Entre alguns efeitos indesejados disso, temos a crescente perda das liberdades individuais, resultado da concentração cada vez maior de poder no Estado. Outro grave problema é que os pilares deste crescimento econômico são insustentáveis, pois dependem de estímulos artificiais do próprio governo.
Não temos nenhum grande partido pregando as reformas liberais que trariam o poder novamente para o cidadão e reduziriam os riscos de crises à frente, nos moldes observados na Europa atualmente. Os gargalos de sempre começam a aparecer, pressionando a inflação, e não há candidato defendendo as mudanças necessárias para colocar o país numa trajetória sustentável de longo prazo. Corremos o risco de ver apenas mais um “vôo de galinha”.

Segue o link com o texto completo, Orfãos políticos.

domingo, 13 de junho de 2010

Milton Friedman sobre o Euro em 1998


Numa entrevista dada em 1998, Friedman comenta alguns dos possíveis problemas que envolveriam a criação de uma área monetária na Europa. Os problemas que ele citou se manifestaram todos e foram agravados pelo enorme ganho de competitividade da economia alemã e medidas populistas adotadas por vários países hoje afetados pela crise.

http://www.abc.net.au/money/vault/extras/extra5.htm

RA:
Thank you very much. Before we sign off, could I just take the opportunity to ask you what you think the prospects are for the attempts in Europe to create a common currency area? Are you optimistic about their success?
Professor Friedman:
: I think it's a big gamble and I'm not optimistic. Unfortunately, the Common Market does not have the features that are required for a common currency area. A common currency area is a very good thing under some circumstances, but not necessarily under others. The United States is a common currency area. Australia is also a common currency area. The characteristics that make Australia and the United States favourable for a common currency are that the populations all speak the same language or some approximation to it; there's free movement of people from one part of the country to the other part, so there's considerable mobility; and there's a good deal of flexibility in prices and to some extent in wages. Finally, there's a central government which is large relative to the local state governments so that if some special circumstances affect one part of the country adversely, there will be flows of funds from the centre which will tend to offset that.
If you look at the situation in the Common Market, it has none of those features. You have countries with people all of whom speak different languages. There's very little mobility of people from one part of the Common Market to another. The local governments are very large compared to the central government in Brussels. Prices and wages are subject to all sorts of restrictions and control.

The exchange rates between different currencies provided a mechanism for adjusting to shocks and economic events which affected different countries differently. In establishing the common currency area, the Euro, the separate countries are essentially throwing away this adjustment mechanism. What will substitute for it?

Perhaps they will be lucky. It may be that events, as they turn out in the next 10 or 20 years, will be common to all the countries; there will be no shocks, no economic developments that affect the different parts of the Euro area asymmetrically. In that case, they'll get along fine and perhaps the separate countries will gradually loosen up their arrangements, get rid of some of their restrictions and open up so that they're more adaptable, more flexible.

On the other hand, the more likely possibility is that there will be asymmetric shocks hitting the different countries. That will mean that the only adjustment mechanism they have to meet that with is fiscal and unemployment: pressure on wages, pressure on prices. They have no way out. With a currency board, there is always the ultimate alternative that you can break the currency board. Hong Kong can dismantle its currency board tomorrow if it wants to. It doesn't want to and I don't think it will. But it could. But with the Euro, there is no escape mechanism.

Suppose things go badly and Italy is in trouble, how does Italy get out of the Euro system? It no longer has a lira after whatever it is - 2000 or 2001 - so it's a very big gamble. I wish the Euro area well; it will be in the self-interest of Australia and the United States that the Euro area be successful. But I'm very much concerned that there's a lot of uncertainty in prospect.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Uma boa interpretação sobre a Lei de Say.

" Ociosidade e o pleno emprego

"A ciência econômica não se contentou apenas com o que Smith e Say haviam ensinado [...] mas desenvolveu um sistema integrado de teoremas que convincentemente demonstrou a absurdidade dos sofismas inflacionistas."
Ludwig von Mises

Impreterivelmente toda criança, ao encarar a miséria existente no mundo, já questionou o porquê de simplesmente não se imprimir dinheiro, distribuindo aos mais carentes. A ingenuidade infantil analisa um dado objetivo, a pobreza, descobre a causa, a ausência de dinheiro representado por papel-moeda, e formula uma solução: imprimir dinheiro.

Qualquer pai com alguma formação costuma destruir a lógica de seu filho afirmando que imprimir dinheiro apenas causaria inflação, não gerando prosperidade. Keynes, casado com uma bailarina russa, nunca teve filhos, mas seria curioso saber qual resposta ele daria a indagação de uma criança.

A Teoria Quantitativa da Moeda postula que alterações na oferta monetária são incapazes de surtir algum efeito na economia real. Uma alteração na disponibilidade do meio circulante apenas acarretaria mudanças nos preços relativos, nada mais. Devemos dizer, no entanto, que essa teoria não condiz com a realidade observável. Keynes sabia disso, porém o resultado de suas reflexões devem ser vistos com cuidado.   "

Segue o link com o texto completo, Ociosidade e pleno emprego.