Blog dos alunos destinado ao livre debate de idéias e temas diversos entre os alunos, ex-alunos, funcionários, professores e colaboradores da FUCAPE Business School.











segunda-feira, 19 de julho de 2010

Gostei,

Bom, é evidente que o advento de uma doença a qual o povo da ilha não têm cura é uma grande adversidade. Em qualquer caso, eles, agora, estão em pior situação. O ideal seria reduzir o consumo para aumentar a poupança interna e, assim, empregar o coco(capital) disponível no investimento de produtividade, que significaria um aumento na riqueza disponível para a população, melhores condições de vida. Porém, como convencer alguém de que abrir mão do consumo agora, implica em mais consumo no futuro? afinal, os cocos não ficariam parados.

Vamos supor, que na rua X da ilha, existam duas famílias A e B. A família A nunca passou por dificuldades e, portanto, sempre consumiu tudo que produziu. A família B já teve um enfermo entre seus membros e, por isso, após tal acontecimento passou a poupar 30% do que produzia. Quando surgiu a nova doença na ilha. A família B estava preparada e utilizou seu excedente para comprar vacinas, a família A, que havia consumido tudo, foi dizimada.

A notícia correu por todos cantos da ilha e serviu de lição, e a postura dos seus habitantes sobreviventes passou a ser conservadora. Todos passaram poupar parte de sua renda para um eventual desastre. Assim foi criada a poupança interna, e o excedente de coco disponível passou a ser empregado em novas tecnologias para o aumento de produtividade. Os cocos não podiam ficar parados, não é mesmo. O ganho de produtivade da ilha significou o aumento de competividade no mercado de cocos internacional e, por essa razão, a ilha passou só não exportar os cocos, mas como também os seus derivados. O súbito início da exportações, gerou superávits do comércio do povo da ilha com o mundo. Eles eram autosuficientes. Então, foi criada uma poupança externa, que permitiria os habitantes da ilha realizar trocas no mercado internacional, assim estavam preparados para um eventual acontecimento negativo.

Me parece que os acontecimentos seriam assim. Pela lógica natural, penso que os seres humanos reagiriam dessa forma caso a livre iniciativa vingasse.

Agora ficou essa seguinte questão: E se o governo tivesse resolvido atuar para salvar a população da ilha que não poupou, e o método escolhido foi a desvalorização da moeda(ou inflação) para conseguir dólares no mercado internacional e trocar por vacinas? a população estaria em melhor situação? qual seria o cenário provável? seria justo com as famílias poupadoras?

Um comentário:

Rogerio Ferreira disse...

A questão é justamente esta, como que você consegue "naturalmente" elevar o nível de poupança.

A saída proposta por muitos hoje no Brasil é seguir a Argentina (inflação oficial de 46% e extra-oficial de 123%). E o único resultado é inflação ao se tentar desvalorizar o câmbio artificialmente como eles fizeram.

Hoje, no Brasil, uma fonte importante que poderia gerar poupança é o setor público, mas ele claramente não quer ir nesta direção.

A Coreia do Norte fez uma enorme desvalorização e "roubou" a poupança da população.

Vejam aqui:

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/relatos+revelam+miseria+causada+por+politica+da+coreia+do+norte/n1237659572662.html