Blog dos alunos destinado ao livre debate de idéias e temas diversos entre os alunos, ex-alunos, funcionários, professores e colaboradores da FUCAPE Business School.











quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Por que é tão difícil intervir no câmbio?

Em matéria recente, que pode ser lida aqui, o jornal Valor Econômico relata sobre um documento que circula internamente ao Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio tratando da existência do processo de desindustrialização no Brasil e que sua origem estaria associada à valorização do Real.

Supondo ser verdadeira a tese da desindustrialização e que ela seja causada pela valorização do Real, a questão é como então desvalorizar o câmbio. E também entender o que falta ao Brasil que não consegue fazer o mesmo tipo de intervenção que a China faz, por exemplo.

Para conter a valorização do Real, o Banco Central tem comprado dólares no mercado, e esta compra significa a troca de reais por dolares. Então há um aumento da oferta de reais no mercado, o que pode provocar a queda na taxa de juros e pressões inflacionárias. Para evitar isto, o Banco Central precisa retirar o excesso de reais da economia. E assim ele vende títulos públicos que estão na sua carteira para retirar moeda da economia.

Para que a Selic e a inflação permaneçam na meta estabelecida, o Bacen precisa retirar da economia a mesma quantidade de reais que ele trocou por dólares. Ou seja, alguém deve se dispor a comprar os títulos que o Bacen oferece ao mercado.

Qualquer um na economia, com poupança disponível, pode adquirir estes títulos. Um poupador individual, investidor estrangeiro ou fundo de pensão pode comprar estes títulos. Então se o Bacen entrega uma quantia de reais ao investidor A em troca dos seus dólares, o Bacen precisa vender títulos públicos na mesma quantia de reais que ele trocou por dólares ao investidor B que está interessado em ter títulos públicos na sua carteira.

E aqui vemos que o volume da intervenção do Banco Central no mercado de câmbio depende do volume de poupança disponível na economia. Uma maior poupança permite uma maior intervenção no câmbio, e uma menor poupança permite uma menor intervenção no câmbio.

Se o governo tivesse um superavit primário maior, poderia o governo comprar do Bacen títulos da dívida do governo que estão no Banco Central. Isto daria maior poder ao Bacen para intervir no câmbio, além de diminuir a rolagem da dívida do governo, o que pressionaria menos os juros. E ao reduzir suas despesas, pressionaria menos ainda a demanda e reduziria a pressão inflacionária.

A elevação da poupança pública no Brasil seria importante para estabilizar a economia.

O resultado de um maior ajuste fiscal, sem elevação da carga tributária, é a desvalorização do câmbio, redução dos juros e maior controle da inflação.

Quanto mais queijo, menos queijo!

Ora, se para reduzirmos os juros no Brasil o Governo deveria reduzir suas despesas, e o pagamento de juros é uma despesa, bastaria reduzirmos os juros para se reduzirem as despesas. A solução bem na nossa cara e não vimos...
Quanto mais queijo, menos queijo!
Pérolas:
US$ 300 bi de reservas, muito ou pouco?
Antonio C. de Lacerda - O Estado de S. Paulo - 16/11/2010

"Se é inexorável acumular reservas, e elas são necessárias, o que temos de fazer mesmo é diminuir o custo de tê-las. Para isso, três frentes de ação são factíveis. A primeira e mais óbvia é diminuir os juros domésticos para aproximá-los da média internacional, o que representaria uma significativa redução de custos. No caso, parece bem claro que não são nossas reservas que são exageradas, mas o nível da taxa de juros interna. A segunda providência é operacionalizar o Fundo Soberano para reter externamente uma parcela dos dólares, evitando que seja necessário emitir títulos públicos em reais. A terceira, aproveitar o próprio Fundo Soberano para diversificar as aplicações das reservas visando a aumentar a sua rentabilidade."

Principal desafio: redução da Selic
Amir Khair -O Estado de S. Paulo - 17/11/2010

"Mas pode-se argumentar que os juros só vão cair quando as despesas de custeio caírem. Será? Não creio. O que importa sob o aspecto macroeconômico é reduzir despesas. E juro é uma despesa que nos últimos 12 meses atingiu R$ 184 bilhões! Caso o País tivesse adotado uma política de taxas de juros civilizadas, essa despesa não existiria. O que diferencia o País em relação ao resto do mundo não são as despesas de custeio, mas as taxas de juros.
As despesas de custeio se destinam fundamentalmente para a área social e as despesas com juros só servem para reduzir os investimentos."

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Grupo de Discussão da Ata do COPOM.

A coordenadoria de Formação do C.A.Nash está organizando um grupo de discussão/debate em torno da ata do Copom, que permeará pela conjuntura econômica nacional e internacional e será um espaço onde todos poderão expor seus pontos de vista, levantar dúvidas e crescer intelectualmente. 

 A idéia é essa:
Um grupo de alunos apresentará os pontos mais relevantes da ATA,  logo após alguns professores convidados tecerão comentários e inicia-se a palavra livre e as discussões.

Temos a participação certa do Professor Cristiano M. Costa e também serão convidados outros professores.


COMO PARTICIPAR???

Estamos recrutando voluntários que possam apresentar alguns pontos da ata e ajudar a fazer os slides, é trabalho simples e rápido, que com certeza vai contribuir muito com o crescimento acadêmico de cada um.
Queremos promover essas reuniões durante todo o ano de 2011, e queremos o seu apoio para realizar a primeira na semana após o dia 20 de novembro de 2010.
Vocês podem deixar um comentário, ou enviar um email para
 tiagorev@gmail.com se quiserem apresentar. 

Lembrando que essa é uma iniciativa que está partindo dos alunos, por isso é muito importante o apoio de todos  para que projetos como esses sigam ocorrendo.
Saudações.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Lá vem imposto quac aqui quac acolá...

Um imposto incomoda muita gente, dois impostos incomodam muito mais, três impostos incomodam incomodam incomodam.... E por aí vai, os políticos não tomam vergonha na cara. E, basta passar as eleições para eles retirarem a múmia da tumba. Isso, agora querem restaurar a CPMF. Contribuição para Saúde, que nunca foi utilizada para tal, como todos sabemos. Impostos oneram os cidadãos, geradores de riqueza, e contribuem para mais ineficiência do Estado para com a economia. Pois, é claro, sofreremos com o aumento de seus gastos(os assessores estão ansiosos).

Seria muito bom caso seguíssemos o melhor dos jingles. Cinco impostos foram passear, além das montanhas para brincar, o político falou vem cá vem cá, maaass só quatro impostos voltaram de láa! 

Bom, chega de papinho, quem quiser contribuir para dar um basta com esses abusos estatais, este é o primeiro passo: Movimento Endireita Brasil, Petição pública CONTRA a CPMF.